quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Rabaçal - Levada Rocha Vermelha - Rápidos - Vereda do Fanal - Vereda Palha Carga - 25 Fontes-Risco - Lagoa do Vento-Lv. Alecrim-Rabaçal (06-08-2009)

Quinta-feira, 6 de Agosto de 2009
De férias, era a vez de dar azo a imaginação. Sem a preocupação do tempo, sempre o tempo, eu e o J. preparávamos uma coisa em grande. Tipo “três em um” como costuma dizer quando programa um passeio um pouco mais longo. Um pouco mais “puxado”.
Desta feita a mim e ao J. juntou-se o meu “brother” caminheiro. Não andava lá em muitas boas condições físicas (tem a mania que é o Simão Sabrosa e depois lixa-se), mas queria hoje caminhar para acabar em grande as suas merecidas férias.
Saímos de casa, já bem perto das oito da manhã. Tomamos café no Bar da Encumeada. Foi lá que começamos a divagar sobre o tempo e o que nos permitiria fazer. Meu irmão nem desconfiava. Eu já fazia alguma ideia. O J. já me tinha dado umas “luzes” sobre o percurso, e como sempre já tinha andado no “Google” a ver por onde tínhamos de andar…preferi jogar na surpresa.

Café tomado, seguimos rumo ao Paul da Serra. O dia estava límpido. O recorte na paisagem das montanhas da Cordilheira Central quando apreciado na subida do Lombo do Mouro é do mais apaixonante que pode haver. O ar fresco da manhã convida a andar. Como se isso fosse preciso. Fomos até á zona onde se avista a casa do Rabaçal. Estava quase deserto. Deixamos aí o carro. Faltavam três minutos para as nove da manhã quando nos pusemos a “caminho”. Seguimos em frente junto a uma vereda que segue junto á estrada do Paul em direcção á Fonte do Bispo. Junto á placa Toponímica indicativa do sítio, começamos a descer. Ravina abaixo, á procura da vereda. Encontramo-la facilmente. A Vereda está limpa. Alguém teve o cuidado de limpa-la recentemente. Nós os caminheiros agradecemos profundamente. É sempre muito mais agradável caminhar por uma vereda completamente limpa. Mas nós estamos aqui para o que aparecer. A descida faz-se facilmente. Sem nenhuma dificuldade. Chegamos á velha ponte que fazia passar a velha Levada do Rabaçal sobre o pequeno ribeiro, eram nove horas e trinta minutos. Continuamos mais um pouco na vereda ate virarmos á esquerda de encontro á boca do Túnel que liga a vereda que vem das 25 Fontes para a Calheta.
Engraçado foi ver a nossa silhueta projectada no fundo do ribeiro. Um momento para umas risadas e cl
aro, não escaparam as fotografias.

O dia continuava esplêndido! Continuamos a descer até encontrarmos a Levada da Rocha Vermelha. Seguimos no sentido contrário ao da água até uma zona onde esta se junta com a Levada do Seixal. O sombrio Túnel que se apresenta á direita, segundo o J., a quem se atreve a atravessa-lo, presenteia toda a gente sem excepção com um bom banho tal é a quantidade de água emanada das suas rochosas paredes. Segundo ele também, leva-nos também ao vale do Chão da Ribeira - Seixal. Não era o nosso objectivo para hoje. O tenebroso túnel não seria hoje por nós atravessado. Viramos assim á esquerda contra o sentido da água da Levada da Rocha Vermelha. Agora com menos caudal. Vistas soberbas. Atingimos o quilómetro cinco desta levada, eram dez horas e vinte e quatro minutos. Continuamos caminho na sombra. O dia continuava magnífico.
Na zona da derrocada, chegamos eram dez horas e quarenta e oito minutos. Nota-se que deve ter sido uma grande derrocada pelos vestígios ainda presentes. Um dos males que afectam de vez em quando a nossa Ilha, contingências da sua morfologia geológica.
Chegámos á subida dos Rápidos ás onze horas e treze minutos. E que subida. Trezentos e quatro degraus (contados por mim – não há consenso quanto ao numero exacto porque há uma zona em que eles desaparecem e então é o comprimento dos passos de cada um a ditar a média) fazem-nos superar um desnível bastante acentuado o que após a sua ascensão, faz as nossas pernas pedirem um pouco de repouso. Continuamos até á nascente da Levada. Algo perigosa na sua passagem. Atingimo-la ás onze horas e vinte e seis minutos. A partir daí sempre a subir pela Vereda dos Rápidos que se encontra ainda transitável mas já muito fechada. Meu irmão que parecia ter tomado o Red Bull, resolveu apertar o passo e deixar-nos para trás. Coisa do vigor da idade. A nossa vitoria, minha e do J., viria mais tarde.






Chegamos assim á Vereda do Fanal ás doze horas e catorze minutos. Meu irmão já nos esperava todo refastelado a descansar, depois de um ataque ao farnel. Riu-se da nossa lentidão na subida. Não teria de esperar muito pela “vingança”. Tempo ainda para umas magnificas fotos sobe o Vale da Ribeira da Janela, sobre o Rabaçal. O dia, sem querer tornar-me cansativo, continuava cinco estrelas. Ou seja magnífico. Magnífico demais, para quem agora teria de seguir pela vereda do Fanal que, para quem conhece é completamente desprovida de alguma sombra providenciada por vegetação alta. A que existe é demasiadamente rasteira. Havia assim que apanhar sol pelas costas.
Seguimos nesta vereda até atingirmos a descida da Vereda da Palha Carga. Deve assim a vereda este nome porventura á grande quantidade desta planta, Palha Carga (Festuca donax) que existiu neste local. Encontramos ainda aqui e ali. É uma planta algo comum na Floresta Laurissilva entre os 900 e os 1800 metros, principalmente nos locais rochosos. Tínhamos então uma nova descida para por á prova os nossos músculos e os nossos joelhos. A descida faz-se em passo de corrida. Não há nada de especial para ver e sempre ajuda a minorar o sofrimento dos referidos joelhos.
Faltavam dez minutos para as duas horas quando atingimos a muito movimentada Vereda das 25 Fontes. Tivemos ainda tempo para apreciar as belezas sempre surpreendentes deste local.
Embora muito movimentado, consegue-se sempre um cantinho, convidativo á meditação. Consumidos estes breves momentos, continuamos caminho. Agora em direcção á Casa do Rabaçal. Antes disso faríamos a inevitável visita ao Risco. Inevitável mesmo. Não podemos passar por ali sem deliciar a nossa vista com aquela queda de água ali imponente. Simplesmente majestosa!Voltamos á casa do Rabaçal. Descansamos aí um pouco. Alíviamos o farnel mais uma vez.




Após este descanso seguimos pela vereda de acesso á Lagoa do Vento. Esta começa mesmo junto á casa dos guardas da casa do Rabaçal. Uns minutos depois atravessamos a estrada de alcatrão que desce desde a estrada do Paul. Eram quinze horas e dez minutos. Logo em frente, dissimulada, continua a Vereda para a Lagoa do Vento. De assinalar que esta vereda para quem a começa da estrada de alcatrão está muito mal sinalizada sendo difícil encontrar a mesma para quem unicamente a quer percorrer a partir desta mesma estrada.
A subida faz-se suavemente. Para quem já tinha descido e subido tanto no dia de hoje, isto não era nada. Ora bem, nada, não é bem assim…o meu querido maninho que andou o caminho todo aos “esticões” ora correr ora a gozar comigo e com o J. dava sinais de cansaço…nos músculos das pernas….dizia ele. A nossa hora de vitória era chegada!
Ainda faltava descer até á Lagoa do Vento. Que espectáculo! Que visão! Segundo dizia o J. a lagoa estava com menos água que o habitual, mas para mim, era perfeita!
O sítio é de facto paradisíaco. Muito há a acrescentar. Não existem palavras. Dizem que no inverno é mais bonita. O verde, tonalidade mor da lagoa, dá um encanto especial ao local. Parece que de repente chegamos ao paraíso. Hei-de lá voltar. Um dia destes. Muitas vezes.




Meu maninho continuava em dificuldades. A sua frescura tinha desaparecido repentinamente. Já nem quis vir até á beira donde temos a visão completamente estonteante do miradouro do Risco. Eu gozei plenamente esse momento. É de facto arrebatador! Tiradas as inevitáveis fotografias voltamos a subir. No caminho de volta, viramos numa bifurcação á esquerda. Subimos então até á Levada do Alecrim. Cerca de quinze, vinte minutos são suficientes para subir da vereda da Lagoa do Vento para a Levada do Alecrim. Esta levada nasce na Ribeira do Lageado e leva a sua água para um poço que serve de câmara de carga para a Central da Calheta. Meu irmão continuava queixoso. Pusemos a hipótese de não irmos ate á madre da Levada. Ele foi o primeiro a dizer que não. Queria ir porque não a conhecia. Além disso, o percurso a partir de agora seria sempre em esplanada de Levada o que por si só não seria muito difícil. Fizemos então a sua e nossa vontade. Fomos até á madre da Levada, na Ribeira do Lageado. Que bonito sitio. Há quem também a conheça por Lagoa da D. Beja. Não sei porque razão. O local é também muito lindo! Mais calmo.
Finalmente era tempo de fazer o caminho de volta. O caminho, a maior parte dele, já era por mim conhecido. Muito agradável mesmo de se fazer. Fizemo-lo na brincadeira. Três quartos de hora foram o suficiente para nos trazer de volta ao carro, junto ao miradouro do Rabaçal. Chegámos aí eram dezassete horas e quinze minutos. Depois de um ligeiro descanso e de uma muda de roupa.



Fizemo-nos ao caminho em direcção a nossas casas. Agora de carro. Não sem antes visitar - mos o simpático Bar - Restaurante da Encumeada. Lá esperava-nos a cerveja do costume servida pela empregada do costume. Uma confraternização deu por finda este aventura de hoje. Como diz o J. foi um passeio “três em um”. De oito horas e quinze minutos a andar. Magnífico. Uma vez mais obrigado J.
Nós, já sabem. Continuaremos por aí. Numa qualquer vereda. Perdidos num qualquer recanto. Num qualquer caminho desta terra abençoada!
Um abraço e até á próxima!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pico do Areeiro – Ninho da Manta – Pico do Gato – Pico das Torres – Pico Ruivo – Túneis – Pico do Areeiro - 04-08-2009

Terça-feira dia 4 de Agosto de 2009
Fazia alguns dias que estava de férias. O J. que inicialmente iria fazer esta caminhada junto comigo, por afazeres de última hora não pôde comparecer. Eu estava decidido. Era dia de fazer esta travessia desde o Pico do Areeiro ao Pico Ruivo. E nada me faria demover do meu objectivo. A primeira intenção, caso fosse acompanhado, seria descer depois do Pico Ruivo para a Ilha. Como tal não seria possível, teria de voltar ao ponto de partida.
Fiz-me á estrada cedo, como convêm. Estacionei o carro junto a “cadavérica” pousada do Areeiro eram nove horas e dez minutos. Uma nostalgia imensa ver todo aquele complexo votado ao quase total abandono. É certo que desde que foi construída aquela pousada cedo se viu que não se iria enquadrar de forma agradável na paisagem envolvente. Mas um radar em sua substituição? Não sei. Não consigo avaliar a necessidade desse mesmo radar. Por mim nem em toda a região haveria lugar para ele. Mas ali? Naquele sítio? Para maior drama anda toda esta zona envolvida por umas horríveis protecções de obra que começam a tombar pelo abandono e pelas intempéries a que estão sujeitas dando ainda um aspecto mais desolador ao local. Um local visitado por imensos turistas diariamente.


Às nove e vinte, estava eu já equipado e com café tomado a caminho da vereda do Pico Ruivo. O dia adivinhava-se abrasador! Excelente e ao mesmo tempo penoso para o percurso que iria fazer.
Dez minutos depois estava eu no Miradouro do Ninho da Manta. Pelo caminho á nossa esquerda o Pico Furão no Curral das Freiras. Do miradouro as vistas são deslumbrantes! Daqui avista-se a Fajã da Nogueira que esconde uma grande parte da nossa floresta indígena. Não consigo esquecer os velhos Tis anteriores á descoberta da Madeira…


Dez minutos depois atinge-se S. Gonçalo. Uma zona bonita onde os seus bancos esculpidos na pedra convidam a uma contemplação da paisagem e a um pequeno descanso. Continuando caminho, nesta altura os líquenes cor de laranja dão ainda mais graça ás formações rochosas que encontramos. Os ensaiões com as suas verdes rosetas sobrevivem nos mais impensáveis locais. As ervas de coelho dão um colorido diferente á vereda. De facto, numa paisagem que á partida pensamos ser muito pobre, com um pouco mais de observação, verificamos que assim não é. Bem sei que estas observações não serão possíveis para aqueles que fazem este percurso em contra relógio, eu por mais que me esforce a não ser por obrigação de acompanhar um grupo, não consigo. Perco-me com a maquina fotográfica descobrindo ângulos e motivos de interesse em tudo o que me surge pela frente. É já quase doentio. Diz-me já o J. na brincadeira que qualquer percurso comigo leva mais uma hora para as fotografias. Paciência J. é por uma boa causa!



Eram dez horas quando atingi o Túnel do Pico do Gato. O pequeno túnel com cerca de cem metros atravessa-se facilmente quase sem lanterna. Antes do Túnel tempo de avistar o Pico Cidrão. Mais ao fundo o Pico Grande. Lembram-se? À saída do Túnel avistamos a Ribeira da Fajã da Nogueira. Continuamos a descer. Dez minutos depois o sítio da Fonte. As dedaleiras continuam a enfeitar-nos o caminho.
A subida para o Pico das Torres é algo penoso. O calor não ajuda nada. A água fresquinha trazida de casa sim. Pelo caminho encontramos umas pequenas grutas que serviam de abrigo aos homens que cuidavam do gado e ao próprio gado que andava pelas serras. A subida é íngreme. Os degraus escavados na rocha vermelha não facilitam a ascensão. A chegada ao pico das Torres faz-se com satisfação. Mais umas fotografias. Sobre a Achada do Teixeira. E o caminho continua. Agora a descer. O que também não é lá muito fácil!







Depois de encontramos a saída do último túnel para quem pretende fazer o percurso duma forma mais rápida, continuamos na vereda. Numa parte muito bonita, completamente escavada na rocha. Eram onze horas e dez minutos.
Continuamos caminho a subir em direcção á casa do Pico Ruivo. Umas urzes contorcidas pelo tempo e pelo peso dos anos fazem-nos novamente parar para apreciar cada contorno. A natureza de facto é sublime! Continuo a subir! Um simpático casal de ingleses ao ver a minha cara de “sofrimento” dizem-me muito simpaticamente “ don`t worry, you`re almost there!” A transpiração que escorria pela minha face certamente motivou esta solidariedade! O meu interior estava radiante, não cansado!
Atingi a casa eram onze horas e cinquenta minutos! Doze horas estava eu já a dar cabo do meu farnel encostado ao marco geodésico aproveitando a sua sombra! Que dia magnifico! Estive lá quarenta e cinco minutos. Completamente estendido. Parte á sombra, parte ao sol. Não apetecia nunca sair dali. Ali estamos “acima de tudo”!
O Curral das freiras continuava lá em baixo. Sereno. O Paul da Serra imponente! Um mar de nuvens mágicas isolava-nos do resto do mundo!





Mas infelizmente era tempo de fazer o percurso de volta. Alegrava-me o espírito saber que poderia variar um pouco no caminho de volta. Iria agora pelos túneis. Um percurso diferente sem dúvida. Faz-se a maior parte ora pela fresquinha dos túneis ora pela sombra de ouro das montanhas!
A subida até ao Pico do Gato faz-me mais lentamente. O cansaço dava algumas mostras. Para atingir novamente S. Gonçalo este revela-se com mais intensidade. A subida final até ao Pico do Areeiro é quase apoteótica! Eram catorze horas e trinta minutos!
Uma caminhada soberba! Um passeio, como diria o meu amigo J. muito higiénico!



Enfim, um percurso magnífico! Duma beleza surpreendente! Que aconselho vivamente!
Nós meus amigos continuaremos por aí. Numa dessas inúmeras veredas que percorrem cada canto desta terra magnífica! Surpreendendo-nos com cada pormenor por mais insignificante que ele seja! Alimentando o espírito como diria alguém que conheço!
Um abraço e até á próxima caminhada!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Fonte do Bispo – Lombada dos Cedros – Raposeira do Lugarinho –Vereda da Atalaia – Paul do Mar -02-08-2009

Domingo 2 de Agosto de 2009
Dia de novo passeio com os Amigos!
E digo isto com todo o prazer, amigos da blogosfera que fazem o favor de passar por aqui!
Torna-se já um hábito e ao mesmo tempo uma necessidade juntar-me de vez em quando a esta gente. Gente de varias faixas etárias que se junta com um único objectivo: caminhar convivendo! E que bem conseguem todos eles!
Mais uma vez juntamo-nos para o embarque junto á Avenida do Mar, em frente ao edifício onde durante tantos anos funcionou a Central Eléctrica.
Depois dos cumprimentos da praxe, lá arrancamos á hora marcada. Sete horas e quarenta e cinco minutos. Rumo á Ribeira Brava, onde aí sim daríamos largas á boa disposição, certamente mais despertos depois de um levantar cedo que, embora seja por prazer não deixa de ser “um levantar cedo”.
Depois deste café convívio como lhe chamo, lá partimos rumo á Fonte do Bispo onde desta feita começaria a nossa caminhada de hoje. O tempo estava bom! Começamos assim a andar no caminho florestal que aí começa rumo á Lombada dos Cedros na Fajã da Ovelha. O percurso faz-se facilmente na estrada florestal e embora eu ache estes percursos neste tipo de caminho um pouco sem graça, estes instantes valem sobretudo pela boa disposição do grupo.
Eis que surgem umas vacas pelo caminho e então há que aproveitar umas fotos aos simpáticos animais que não têm culpa que os coloquem lá a conspurcar livremente uma zona que devia merecer outro tipo de cuidado. Enfim contas de outro rosário.
Levamos cerca de uma hora e um quarto a fazer esta descida. Uma breve paragem para comer algo do farnel e assim aguardar pelos mais lentos consumiu o tempo antes de tomarmos a Levada da Calheta em direcção á Raposeira. Deu ainda para contactar junto da Levada uma pequena plantação de linho! Notável o espanto de tantos caminheiros no primeiro contacto com esta planta! Tempo ainda para apreciar umas casas de Turismo Rural muitíssimo bem recuperadas e bem integradas no ambiente da zona.




Depois de percorrermos a Rua da Raposeira do Lugarinho, em direcção ao Ponto (marco geodésico) verificamos que o muro de suporte á estrada não está em muito bom estado, merecendo uma atenção das autoridades competentes no sentido de prever qualquer catástrofe. O lugar diga-se, merece outro tipo de tratamento. Primeiro porque por si só é um miradouro perfeito sobre o mar e o Paul do Mar. Segundo porque dá acesso ao um outro miradouro ainda mais soberbo sobre o Paul do Mar, Prazeres ( Hotel Jardim Atlântico), Jardim do Mar e sobre o sempre carismático Pico dos Bodes! Para quem conhece o miradouro nos Prazeres abaixo da unidade hoteleira que já por si só é deveras magnífico, digo-vos que este supera em larga escala pela posição em que se encontra. Simplesmente estonteante!
Feita a visita ao miradouro, foi tempo de posar para uma fotografia de grupo. Toda a gente continuava animadíssima. Não era para menos!




Era tempo finalmente de descermos a Vereda da Atalaia. Recuamos assim um pouco nesta Rua da Raposeira do Lugarinho e tomamos esta vereda de acesso ao Paul do Mar. Uma vereda íngreme que, segundo os mais antigos do grupo estava em alguns sítios em muitíssimo mau estado! Verificou-se de facto! Existem zonas em que a máxima perícia é exigida para a percorrer com alguma segurança. Quarenta minutos foram o tempo necessário para efectuar esta complicada descida.
Esperamos assim junto á estrada regional de acesso á Fajã da Ovelha pelos outros caminheiros, com a intenção de fazermos novo reagrupamento. Assim foi. Notou-se aqui que alguém já vinha preparado para a “festa” que viria a seguir. Tempo ainda de provar uns figos “do cedo” que, coitados ainda só estavam “inchados”!
Descemos assim a Vereda da Ribeira Chã ao encontro da marginal. Fizemos assim a marginal do Paul do Mar ao encontro do autocarro que nos esperava na zona do cemitério desta localidade. Eram catorze horas. O tempo estava esplêndido! Convidativo a um mergulho nas aguas límpidas do Paul do Mar. E foi o que fizemos. Havia que “queimar” tempo até á partida do autocarro que seria ás dezasseis horas. Outros resolveram “queimar” esse tempo doutra forma. Nada de mais. Nada que bons amigos não façam quando se juntam em grupo para comemorar a Amizade e a faculdade de estarem simplesmente juntos!


Enfim, um passeio curto, mas pleno de beleza e cheio de boa disposição de toda a gente.
Regressamos ao Funchal pelas dezasseis e trinta. A animação continuou dentro do autocarro até ao Funchal. O ambiente era duma “excursão” “á madeirense”!
Assim regressamos a casa. Rejuvenescidos. Prontos para mais uma semana de trabalho.
Nós, já sabem, enquanto eu tiver pernas, lugares para descobrir nesta terra continuaremos por aqui. Numa qualquer vereda. Num qualquer caminho desta terra abençoada!
Um abraço e até á próxima caminhada!