segunda-feira, 29 de junho de 2015

Assobiadouros - Fio - Fanal (casa florestal) - 02/01/2015

Depois do Natal vivido em família como habitual, um convite de um amigo muito especial, fez-me iniciar as caminhadas deste ano um pouco mais cedo do que o previsto.
Era assim uma oportunidade de mostrar a uns amigos nossos, a beleza da vereda do Fanal em todo o seu esplendor, afim ser registada em filme e posteriormente utilizada num projecto cinematográfico.
Os avisos para a má preparação nestas "andanças" nas caminhadas pela serra, foram feitos desde muito cedo por este meu estimado amigo. Seria portanto um passeio, calmo e ao sabor dos muitos motivos "filmáveis" ao longo da vereda com cerca de 11 km.
Um passeio ao Fanal é sempre algo irrecusável!
Depois do complicado trabalho de reunir o pequeno grupo e respectiva logística para o passeio de hoje, lá partimos rumo ao Fanal, pela malfadada estrada que liga os Canhas ao Paul da Serra.
O caminho conforme já referido anteriormente, é penoso. O motivo era nobre. Captar momentos e sítios únicos para mais tarde ver e rever.
Faltavam  cerca de dez minutos para o meio dia, quando iniciamos a Vereda do Fanal, na zona mais conhecida pelos Assobiadouros.


O dia estava bom, apenas umas pequenas nuvens pairavam suavemente pelo ar.
Cerca de uma hora depois já estamos com as primeiras vistas sobre o Chão da Ribeira no Seixal. O dia lá em baixo está bonito e soalheiro,  óptimo para continuar a fazer daquele lugar um paraíso da agricultura para o povo do Seixal.


O caminho é sempre em frente, não há nada que enganar. Um percurso seguramente para toda a família.
Passamos por um zona onde os musgos invadem os loureiros dando aos mesmo um aspecto ancestral.
Uma hora depois, é tempo de passar por uma pequena ponte de madeira e voltamos a descer novamente até um pequeno corgo que, por esta altura, tem alguma água.




  


Os nevoeiros agora ameaçam, mas os meus amigos não desesperam. Há que aproveitar o ambiente místico que o nevoeiro sempre imprime.
Ás 15h50m atravessamos a estrada do Fanal e seguimos a vereda que está mesmo do outro lado da estrada que rompeu o isolamento daquele santuário. Descemos até a um ponto em que a vereda flecte à esquerda. É por aí que devemos seguir (pela direita iríamos encontrar a Vereda das Voltas de encontro ao Chão da Ribeira).




Tomado o caminho certo, continuamos. Com paragens e mais alguns planos filmados. Vinte minutos depois atinge-se um dos locais mais bonitos daquele troço. Aí meus amigos, misturam-se o nevoeiro, as pedras como que arrumadas encosta acima cobertas por musgos, e os loureiros que desafiam o nevoeiro para um "jogo de escondidos".
A vereda chega a uma zona onde uma pequena torneira por vezes deita água. Fica mesmo ao lado da estrada. É agora por um caminho de terra batida que devemos seguir em frente até que encontramos a derivação à direita ao encontro ao Fio e o seu miradouro. Iríamos então ver se eventualmente teríamos sorte.
Infelizmente não seria desta vez que mostraria aos meus amigos as vistas sem fim que temos deste o miradouro natural do Fio sobre a costa norte da ilha. Fomos então até ao fim do caminho para comprovar isso mesmo.
Voltamos assim ligeiramente atrás e derivamos à direita onde a vereda nos levaria até ao Fanal, mais propriamente junto à casa Florestal.
Mas antes de atingirmos a referida casa, haviam algumas surpresas. A partir da zona onde um incêndio há dois anos queimou uma vasta área daquele lugar, entramos num núcleo de Floresta Laurissilva muito bonito. Aí mesmo seriam captados uns bons planos para o filme que seria feito! Até o nevoeiro ajudou e apareceu na medida certa!







Até à casa, o percurso foi como andar num labirinto completamente envolvidos pelo nevoeiro. A orientação em direcção à casa florestal, no entanto, é fácil. Ficaram assim pelo caminho as vistas sobre a Ribeira Funda. Ficou a promessa destes meus amigos lá voltarem para comprovarem tudo o que lhes tinha dito durante a caminhada. Espero ao menos que os planos gravados sirvam os seus propósitos!




Assim foi meus amigos a primeira caminhada do ano.
Simples e com amigos como convém. Uma vereda que pode ser feita em qualquer altura do ano, embora num dia limpo seja muito mais proveitoso pelas vistas que se alcançam!
Nós, ficamos por aqui. Até à próxima caminhada na minha terra.