Sábado, 7 de Fevereiro de 2010
Havia já algum tempo que queríamos fazer este percurso. Eu e o J. delineamos assim este dia para fazê-lo.
Trata-se de um percurso bonito que faríamos exactamente ao contrário daquilo que tínhamos previsto.
Sendo assim, levaríamos o carro até ao Poiso, para depois aí tomarmos o transporte que nos deveria levar á freguesia da Ilha em Santana.
Digo, deveria, porque realmente, não nos levou. Efeitos do mau tempo, que este Inverno parece não nos querer largar, com umas derrocadas pelo caminho de acesso a esta freguesia, fez com que ficássemos no início da estrada para a freguesia da Ilha. Teríamos assim mais uma hora de caminho pela frente!
Havia já algum tempo que queríamos fazer este percurso. Eu e o J. delineamos assim este dia para fazê-lo.
Trata-se de um percurso bonito que faríamos exactamente ao contrário daquilo que tínhamos previsto.
Sendo assim, levaríamos o carro até ao Poiso, para depois aí tomarmos o transporte que nos deveria levar á freguesia da Ilha em Santana.
Digo, deveria, porque realmente, não nos levou. Efeitos do mau tempo, que este Inverno parece não nos querer largar, com umas derrocadas pelo caminho de acesso a esta freguesia, fez com que ficássemos no início da estrada para a freguesia da Ilha. Teríamos assim mais uma hora de caminho pela frente!
Depois o autocarro, lá nos deixou. No início do caminho para a Freguesia da Ilha. Ainda havia a esperança duma boleia até á zona da Igreja Matriz. Mas como a estrada estava, ninguém se atrevia a lá passar. Logo, o remédio era subir! Eram nove e meia quando iniciamos esta subida. Os efeitos das derrocadas no acesso a esta freguesia davam um ar desolador ao caminho de acesso.
Cerca de uma hora depois lá estávamos junto á igreja da Ilha.
Eram dez e meia quando começamos efectivamente na vereda de acesso ao Pico Ruivo. A vereda começa por entre umas casas e uns terrenos cultivados e outros por cultivar!
Continuando a subir lá vamos deixando a pouco e pouco a civilização e o pouco da presença humana vai ficando marcada unicamente nuns palheiros de gado!
As vistas sobre Santana e a Achada do Gramacho são soberbas! Continuamos a subir!
As recentes chuvas que caíram por estas bandas “lavaram” por assim dizer o trilho! Assim estavam salvaguardados dos escorregões no muito musgo que forra habitualmente este trilho. Estava magnífico!
Um quarto de hora depois, chegamos ao lugar do Granel.
O silêncio só é interrompido pelos nossos passos. A contemplação, essa, é intensa!
Há que inspirar toda aquela paz. Continuamos a subir.
No entroncamento que nos indica a Casa Florestal do Vale da Lapa, flectimos para a nossa esquerda. Aqui temos um pouco de caminho mais ou menos plano. Optamos por não subir até á casa do Vale da Lapa.
As vistas a partir da vereda sobre Santana, devidamente emolduradas pelas árvores, fazem-nos parar por diversas vezes para contemplar tamanha beleza. Santana descansa lá ao fundo. Nós continuamos pelo Vale da Lapa até ao encontro de veredas. Da que vem das Queimadas para o Caldeirão Verde, e da que percorríamos desde a Ilha até ao Pico Ruivo.
Depois, continuamos. A subir. Cada vez mais íngreme a subida. Cada vez mais bela a paisagem envolvente. Os degraus devidamente arrumados, aqui e ali, denotam um percurso muito bem delineado. Curva após curva, degrau após degrau, algum cansaço vai se acumulando. O tempo, à medida que vamos subindo vai ficando cada vez mais fresco. Adivinhava-se o pior. A chuva iria fazer-nos companhia. Era uma questão de tempo! Era doze horas e cinco minutos quando saímos do cruzamento de veredas no Vale da Lapa. Levaríamos mais cerca de uma hora e meia a subir até á Vereda que liga a Achada do Teixeira ao Pico Ruivo. Quando atingimos esta vereda já o tempo tinha piorado substancialmente. O vento e alguma chuva, misturado com o nevoeiro faziam-nos já companhia. Pelo caminho deixamos um trilho bonito. Com recantos de abrigo completamente cobertos pelos musgos que davam aos locais um aspecto de terem sido “forrados” por um alcatifa verde.
Foi desgastante o resto do caminho. Chuva, vento e nevoeiro foram os nossos companheiros inseparáveis até ao fim. As botas, a roupa, todo o corpo pesava. Pela água, pelas condições agrestes, pelo cansaço.
Ao chegarmos ao Poiso um pouco depois da hora prevista, lá estava o meu irmão mais novo junto com a sua filhota , toda impaciente, á nossa espera. Antes de partirmos em direcção ao Poiso foi tempo de tomarmos um vigorante café e trocar, o que ainda era possível trocar de roupa. Ao entrarmos no pré-fabricado que agora serve de bar a este excelente ponto turístico, toda a gente olhou para nós com ar incrédulo! Dois loucos - devem ter pensado! A verdade é que ninguém imaginava que, metade do nosso percurso, tinha sido feito sob um tempo magnífico!
No fim de contas éramos unânimes em reconhecer, eu e o J. que tinha sido mais uma bonita caminhada! Quando a dose de esforço é maior, o sabor da conquista eleva-se!
Foi um resto de dia muito bem passado em amena cavaqueira.
Um dia em cheio! Com os condimentos em quantidade acertada!
Abraço até á próxima caminhada!
(Os passeios continuam a fazer-se, o tempo para os colocar aqui é que, infelizmente, não tem sido muito. A ver vamos se, a partir de agora a situação muda. Neste passeio, desde o Pico Ruivo até ao Pico do Areeiro não existem fotos, pelas péssimas condições climatéricas que se fizeram sentir. Obrigado a todos pela força que me têm transmitido )