sexta-feira, 21 de junho de 2013

Deserta Grande

O Verão está aí! Que tal uma visita à reserva natural das Ilhas Desertas? Algumas soluções existem para uma viagem até a esta ilha. Aqui fica o "teaser" para uma visita à maior ilha deste pequeno núcleo!
A Deserta Grande apresenta uma forma alongada, e é a maior e mais alta das três ilhas. Tem uma extensão de 11700 metros desde a Ponta da Castanheira a norte, até à Ponta do Tabaqueiro, a sul, com uma largura máxima de 1900 metros. Atinge uma altitude máxima de 479 metros. As fajãs de maiores dimensões são a Fajã Grande e a Fajã da Doca que resultaram de desabamentos simultâneos de terras, a oeste e a este, ocorridos em 1894.
 
 

Este pequeno vídeo respeita à ultima visita a esta ilha ocorrida em 2010 integrado num pequeno  "grupo de dez aventureiros" que se juntaram para visitar ou revisitar esta pequena ilha.
Abaixo umas fotos dessa ultima viagem fantástica!

Casa dos Guardas do Parque Natural
 
O nosso "Guia" para esta caminhada
 
 
Vereda da Vigia de Leste
 
 
Vigia de Leste
 
O trabalho de vigilância contínua dos guardas
do Parque Natural
 
Uma das muitas vistas fantásticas sobre a Fajã da Doca
 
Castelinhos
(das zonas mais bonitas da Deserta Grande)
 
Fajã da Doca
(vista desde os Castelinhos)
 
Fajã Grande
 
Início da descida para a Fajã da Doca
(vindos dos Castelinhos)
 
Espero tê-los motivado para uma visita a esta ilha. Afinal também "um caminho da nossa terra"
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Fajã dos Cardos - Boca das Torrinhas - Pico do Jorge - Chão do Alecrim - Encumeada - 16-02-2013

De volta ao Curral das Freiras. Freguesia mais extensa do Concelho de Câmara de Lobos. Deve eventualmente o seu nome a ter sido de facto um centro de pastagens. Longe da civilização existente. Longe do mundo. Daí ter servido de guarida às freiras foragidas do Convento de Santa Clara aquando do saque do Funchal pelos corsários Franceses.
Outrora pertencente à Freguesia de Santo António, só a 17 de Março de 1790 é que, por Carta Régia assinada pela Rainha D. Maria I, o Curral das Freiras adquire o estatuto de paróquia separando-se em definitivo de Santo António.
Relembrada então, em poucas palavras a historia desta freguesia, situada no "centro da ilha", vamos descrever um dos muitos e bonitos passeios que se podem fazer, começando, acabando ou mesmo passando por esta belíssima terra!

O de hoje começaria no sitio da Fajã do Cardos. Iríamos subir o Lombo Grande até à Boca das Torrinhas.
Toda a gente sabe que subir pelo Lombo Grande até às Torrinhas é tarefa árdua. Logo, há que fazê - lo bem cedo pela manhã. Antes que o sol "faça" das suas e dificulte ao máximo a ingreme subida.
Foi isso que fiz. Eram 8h40m quando estava na Fajã dos Cardos. Pronto a arrancar para a subida! O dia seria quente, logo não haveria tempo a perder!

A paisagem rural do Curral é do mais bucólico que pode haver meus amigos! Ver os primeiros raios de sol a tentarem passar os picos circundantes é do melhor!
A paisagem, quase que adormecida ainda, vai ficando aos nossos pés, lentamente ao ritmo da nossa subida! Vale cada momento em que nos voltamos para trás. Em cada momento que olhamos para o cimo dos picos à nossa volta! Nestes momentos iniciais perco-me pela paisagem. Paro imensas vezes para interiorizar cada raio de sol! Cada cantar de galo! Parece que somos só nós àquela hora, perdidos no sopé da montanha, por entre terrenos cada vez mais cultivados e cuidados! Mas não somos! Primeiro que nós, já há gente na labuta da terra! No cuidar dos animais dentro dos característicos palheiros!


Os primeiros cumprimentos e continuamos a subir. Por enquanto ainda por entre terrenos cultivados, depois embrenhados nos primeiros eucaliptos que caracterizam infelizmente esta longa subida. Quarenta minutos depois de ter iniciado a subida, primeira paragem para apreciar o sitio da Fajã dos Cardos visto de cima!


Os picos da Cordilheira Central continuam a "fintar" o sol nascente! O espectáculo é lindo! Vale a pena sentar-se um pouco! Retomar forças, respirar fundo! Apreciar cada momento!
Continuamos no caminho. Sempre a subir! Curva após curva!
Convém lembrar que este era um importante caminho de ligação entre as gentes do Norte da ilha e o Sul. Nomeadamente entre a Boaventura e o Curral e vice-versa. O caminho mais curto e doloroso para transpor as duas vertentes da ilha.
Eram 10h20m quando atingi a derivação da vereda que nos encurta o caminho para quem vai para o Pico Ruivo ou Pico Canário, sem passar pelas Torrinhas. Não seria o caminho de hoje. Hoje seria pelas Torrinhas que teria de passar! E assim continuamos! Em frente!


Por aqui a paisagem, antes lindíssima, está agora desoladora. Depois dos malditos incêndios quase nada sobreviveu. Uma tristeza autêntica até à Boca das Torrinhas.
Eram 10h35m quando atingimos a Boca das Torrinhas. O dia tinha-se tornado abrasador já àquela hora. Adivinhava-se o pior, no "assalto" seguinte! A subida ao Pico do Jorge!

Antes disso, tempo para desfrutar de uma das mais belas vistas sobre todo o Curral das Freiras! Um ida ao farnel completam estes momentos de contemplação e descanso neste magnífico lugar! Nesta encruzilhada de caminhos!
Aqui se cruzam os caminhos vindos do Pico Ruivo, Lombo do Urzal, Curral, donde vínhamos e Encumeada para onde íamos!

Eram 10h50m quando nos lançamos à subida final do Pico do Jorge. Vindo do Curral o sentido a tomar é o da esquerda!  A subida, foi penosa. O sol dificultava ao máximo já aquela hora!
Pela subida uma "escrita" irónica numa parede de basalto intriga os passantes...outros tempos...


Às 11h50, atingimos o cruzamento onde esta vereda se entronca com a vereda dos Currais, que vem do Pico Grande.

As vistas vão se alternando! Ora sobre o vale da Serra de Água, ora sobre o vale de São Vicente! Uma vista furtiva apresenta-nos a Boca da Encumeada! Parece perto! Infelizmente não é na realidade!
Ás 12h30 atingimos o marco de freguesia! Uma breve paragem impõe-se pelas vistas!
Eram 12h40 quando passamos o tão característico "portal de madeira" (já sem porta). Depois, ainda há que subir as belas escadas, antes de chegar ao "famoso" Chão do Alecrim.

Eram 12h50m quando chegamos ao chão do Alecrim. Embora ele não esteja em flor nesta altura, basta sentar-nos junto ao chão e o cheiro do alecrim da serra invade-nos! É relaxante! À nossa esquerda temos o Pico Grande! Imponente! À nossa direita todo o imponente vale de São Vivente. Primeiro com o Chão dos Louros aos nossos pés, depois até onde a vista alcança! Até ao mar! Estonteante paisagem! Vale a pena guardar uns momentos para este local!

O relógio marcava as 13h10m, quando iníciamos a descida final à Encumeada.
As escadas feitas de blocos de basalto que parecem "talhados" à medida de cada degrau, dão um ar "civilizado" à ingreme descida que nos espera! Um bom teste aos joelhos!


Pelas 13h40, atingimos a Encumeada! Um breve olhar sobre a placa, quase dissimulada na paisagem, que marca a inauguração desta vereda em 1949.

Um breve descanso e repasto no restaurante da Encumeada e foi aguardar o autocarro da Rodoeste que por ali passa impreterivelmente ás 15h45 rumo ao Ribeira Brava!
Foi um passeio curto. De apenas cinco horas. Dificuldade moderada, devido ás subidas. Sem perigo de abismos. Aconselhável a quem tenha alguma capacidade física. Fantástico pelas vistas arrebatadoras!
Nós, já sabem. Encontra-mo-nos por aí. Num qualquer caminho, levada ou vereda desta abençoada terra!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Larano - Espigão Amarelo - Boca do Risco - Pico Castanho - Pico do Facho - 10-02-2013

De volta às caminhadas, desta vez juntando-me a um dos primeiros grupos com os quais fiz percursos pelas serras e florestas madeirenses. O "Grupo Pés Livres".
A caminhada de hoje não apresentava grandes dificuldades ou desníveis pelo menos com relevância à partida. Iríamos assim começar no Sítio do Larano - Porto da Cruz nos 250mts de altitude passando pelo Espigão Amarelo a 330mts, Boca do Risco a 360mts, Pico Castanho a 589mts e Pico do Facho a 323mts.
Sendo assim, juntei-me ao numeroso grupo logo pelas oito da manhã ao lado do Palácio da Justiça.
Entre 50 a 60 almas estariam à partida para este agradável passeio por terras de Machico.
Depois da habitual paragem para um breve café no centro da cidade de Machico, lá partimos de encontro ao Sitio do Larano - Porto da Cruz.


Às 10h25m estávamos nós preparados para iniciar então o percurso propriamente dito. Um trilho lindíssimo razão pela qual não percebemos o motivo de não pertencer à rede de percursos recomendados. Pela irregularidade do percurso? Pela perigosidade? Não são todos os nossos percursos e estradas perigosas? Critérios que, após estes anos todos continuo a não entender...
Mas vamos à caminhada que é para isso que aqui estamos. De alma e coração.

Logo no início damos de caras com o Teleférico do Larano. Primeira oportunidade para apreciar as primeiras vistas sobre o Porto da Cruz e encosta da Penha de Águia. Vistas arrebatadoras apesar do tempo algo sombrio, nada recomendável para este percurso, que vale essencialmente pelas vistas fantásticas sobre grande parte da Costa Norte da nossa Ilha.

Foi, como não podia deixar de ser, uma primeira azáfama para escolher as melhores poses, os melhores planos para os primeiros disparos das maquinas fotográficas.
O teleférico, continua votado ao abandono. Sem ser utilizado para o fim a que se destinava. Desenvolver o Curral do Mar. Ao invés disso, em terrenos de muito pior acessibilidade, verificaremos mais à frente a obstinação do homem em cultivar em sítios impensáveis munidos de "teleféricos" à "moda antiga".
Continuando caminho, primeiro pelo caminho de terra, depois pela estreita vereda lá continuamos. Calmamente.

O ritmo era assim excelente, para apreciar cada detalhe do que encontrávamos. Cada curva, cada pedra, cada planta.


Aqui e ali, um cabo de aço colocado, tranquiliza os menos afoitos. Nada de dramático. O percurso compensa alguma eventual vertigem. Uma hora e quinze depois de termos começado, passamos então pela parte mais "dramática", digamos assim, deste bonito trilho. A sorte ou infortúnio de no corgo que desce desde as costas do Pico da Coroa (738mts) não correr água, transforma esta passagem numa festa! Até poses para as fotografias houveram para os mais destemidos, certamente para figurar nalgum qualquer álbum de recordações e conquistas!


Para trás ficou a formação rochosa do Espigão Amarelo. O caminho é sempre em frente. Em direcção à Boca do Risco.
Perpétuas (Helichrysum melaleucum) e Ensaiões enfeitam as rochas sobranceiras á vereda! E que bonitas elas estão nesta altura!


Às 11h25 atingimos a Boca do Risco! É sempre com muita satisfação que chegamos a este bonito local! Vindos das Funduras, dos Maroços, ou da Levada do Caniçal! Podemos assim dizer que este sítio além de belo, é uma "encruzilhada" de caminhos!
Depois de fazer ás pazes com  estômago, lá continuamos em direcção ao Pico Castanho! Tomamos então a vereda que surge à esquerda logo no início da descida em direcção aos Maroços. Diziam-nos que a vereda por aqui estava devidamente limpa! Iríamos confirmar isso mesmo depois de passarmos na crista da Rocha da Pena Branca! Pé aqui, pé ali, lá passamos um por um, na estreita passagem! Para trás ficavam as belezas da costa norte recortadas na crista pela Vereda das Funduras e pela Vereda do Espigão Amarelo, donde vínhamos!


O objectivo agora era atingir o cume do Pico Castanho! A vereda, conforme nos foi "prometida", estava uma "autêntica avenida"! Nada comparável à ultima vez que lá passei e que me valeram uns bons "riscos" na pintura devido ao "maldito" silvado!
Na subida, um pouco acentuada, oportunidade aqui e ali de uma vista sobre o vale de Machico ou mesmo sobre a Ponta de São Lourenço!

Às 14h10 atingimos o cume do Pico Castanho. Belas vistas sobre o vale de Machico. A vegetação por esta zona é pobre. Acácias e eucaliptos, uma tristeza, provavelmente devido aos sucessivos incêndios que devastam esta zona de tempos a tempos!
Dez minutos depois, atingimos uma zona que considero das mais bonitas desta vereda do Pico Castanho. De repente olhamos para a direita e vemos todo (ou quase) o vale de Machico, para a esquerda, todo o Caniçal estendido até à Ponta de São Lourenço! Que maravilha meus amigos! Atrevo-me a dizer que é a melhor vista sobre estas duas localidades, em simultâneo.




Depois de apreciadas as vistas, iniciamos a descida final ao Pico do Facho. Primeiro entre campos cultivados, depois num "zig-zag" engraçado e inteligentemente construído, para fazer-nos galgar o desnível até a uma zona onde deparamos com um caminho de terra.


O nosso caminho é vereda em frente! Sempre na crista! até atingirmos a descida final para o Pico do Facho. Pelo caminho as vistas soberbas. Ora sobre Machico, ora sobre o Caniçal e ponta de São Lourenço.
Já com o Pico do Facho na nossa frente, mais cá ou mais lá, encosta abaixo, viemos assim atingir a estrada de alcatrão mesmo já junto ao Pico.

Uma recepção com malassadas e mel, rematou este agradabilíssimo passeio!
Um passeio que apesar de umas passagens "algo vertiginosas" vale pelas vistas soberbas sobre a rochas escarpadas da costa norte da Ilha. Sempre bonito de se fazer.
Um conselho: arranjem um bom dia! Neste percurso, é fundamental para observar os recortes da montanha separados pelo azul do mar!
Meus amigos, esta foi mais uma caminhada! Já relatada em parte aqui no passado (2009) embora noutros tempos, com outras emoções.
No entanto um dos únicos prazeres que continuam intactos é o de caminhar e descrever esses mesmos caminhos com a emoção que sinto. A minha emoção.
Fiquem por aí! Um abraço e até à próxima caminhada na minha terra!
  

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Portas da Vila - Levada dos Moinhos - Achadas da Cruz - Portas da Vila - 27-01-2013

Neste dia de Janeiro, eu e um amigo resolvemos fazer esta levada. O tempo disponível não era muito. Este era o percurso ideal.
Já há muito tempo que não fazia este percurso. O outro companheiro de caminhada também não a conhecia, daí ser mais um motivo para rever esta bonita levada. Chama-se Levada dos Moinhos. Não fazer confusão com a que nasce na Ribeira da Ponta do Sol. Embora esta seja também uma levada de heréus, esta levada do Moinho, situa-se para as bandas do Porto Moniz. Foi construída a expensas dos seus utilizadores e só eles tinham direito ao seu uso, daí ser chamada de levada de heréus. A levada regava toda a zona do Pico Alto, abrangendo a Fajã do Nunes, grande parte da Vila, Fajã do Barro, Fajã dos Barbusanos e Arrudal.
Neste dia resolvemos fazer esta mesma levada no sentido contrário ao habitual. Ou seja, começaríamos nas Portas da Vila, mesmo junto ao Posto Florestal da Santa, onde se realiza a Feira Agropecuária, em vez de começar da Ribeira da Cruz. A intenção era mesmo usufruir da mancha de floresta  que esta parte da Levada nos oferece.
O dia estava algo cinzento. Adivinhava-se uns nevoeiros através da bela mancha de Floresta Laurissilva ao longo desta levada.
Assim partindo das Portas da Vila fomos ao encontro da Levada Grande ou Levada dos Moinhos. Consta que assim se chamou, pelos diversos moinhos existentes ao longo do seu percurso.
De pé, existe apenas um. O das Achadas. E que mal tratado ele está meus amigos! Voltaremos a ele mais adiante.

O percurso começa assim, ladeado por uns belos pinheiros que serpenteados pelo nevoeiro e com muita humidade envolvente emprestam um ambiente quase "místico" ao local. Cenário perfeito portanto. A levada, essa corria serena.
Dez minutos depois de termos iniciado o percurso, mesmo antes da escadaria lindíssima, que trás a levada de um nível superior, existe uma zona de fetos fenomenal. A levada escavada no chão, dá um ar ancestral ao local não fosse a desnecessária varanda de ferro. O nevoeiro, ao de leve, faz o resto.


Cinco minutos depois, atravessamos uma zona onde a água corre serena sobre uma "parede" de basalto, directamente para dentro da levada. A humidade é uma constante!
As saudades que já tinha de me ver num percurso assim!


Ao chegar-mos a um pequeno vale onde existe uma captação de água,  somos agradavelmente acompanhados por um casal de forasteiros. Incrível, como existem varias formas de interiorizar a floresta. Nestes anos que já levo de caminhadas pela Ilha, vejo que na sua generalidade o madeirense caminheiro é mais ruidoso. Faz notar mais a sua presença. Os forasteiros pelo contrário caminham pela ilha de uma forma quase "silenciosa". Sem perturbar quase a natureza. Vejo-os muitas vezes ao pares a deambular pelos nossos trilhos, afastados um do outro quanto baste para intensificar essa solidão. Esse silêncio. São de facto formas de estar e sentir diferentes. Não quero dizer com isto que, os mais ruidosos amem mais ou menos a natureza. Longe disso. Já vi de tudo infelizmente.



Continuando a  levada chegamos ao Moinho das Achadas. Ou melhor, o que resta dele. Seria de grande importância a sua recuperação e manutenção como polo aglutinador de alguma etnografia da zona. Contando talvez, a historia para as gerações vindouras, da importância da levada e dos próprios moinhos outrora existentes. Enquanto a memória não se apaga.


E várias outras "historias" perduram na memória das gentes do Porto do Moniz e Ponta do Pargo. Uma delas, e com muita graça, conta que a ligação da Madre de Água desta levada foi construída na base de uma "distracção" proporcionada pelas gentes do Porto do Moniz às gentes de Ponta do Pargo que disputavam a mesma nascente. Consta que os  Portimonizenses ofereceram figos aos Pargueiros e recomendaram que estes retirassem as sementes do fruto antes de serem comidos por serem venenosas. O tempo que os Pargueiros levaram a separar as referidas sementes foi o suficiente para que os do Porto do Moniz construíssem a ligação da Levada do Moinho á referida nascente. Historias que o povo conta!
De qualquer forma, e por ser um passeio curto, resolvemos terminar o passeio um pouco depois do Moinho e voltamos ao ponto de partida. A logística de ocasião assim o obrigava.
De registar ainda um ou outro pormenor não detectados na parte inicial do percurso!
Quando se quer "ver" mais além, vemos sempre mais alguma coisa. E pormenores de facto não faltam.
Foram três horas de caminhada num percurso que pode chegar a cerca de 20km (ida e vinda - começando na Ribeira da Cruz, Madre da levada, e terminando na Junqueira. já depois da casa Florestal da Santa.
Um passeio muito recomendado para caminheiros com pouca experiência. Pela sua facilidade, ausência de abismos e facilidade, em caso de necessidade, encurtar a todo o momento para a estrada regional 101.
Boas caminhadas e até uma próxima caminhada na minha terra!