terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Portela - Vereda do Pico Cedro - Levada da Maiata - Larano - Boca do Risco -Sitio do Pastel - 05-02-2012

Domingo,  dia 5 de Fevereiro. Os Amigos da Natureza, voltam a ser os anfitriões. Vamos para os lados de Machico.
Sendo assim, o dia começava cedo. Às 7h45m, em ponto, lá seguia desde a antiga Avenida do Mar em direcção a Machico um autocarro "à cunha" de gente fervorosa por deambular por mais umas das Veredas desta bendita terra!
Chegados a Machico, foi feita a habitual pausa para o café despertador e compras de ultima hora nos estabelecimentos da localidade.
Interessante é ver os sub-grupos que se formam ,muito rapidamente, para o café conjunto pela manhã logo á saída do autocarro em Machico! Todos alegres e contentes!
Posto isto, lá arrancamos com destino á Portela! E foi num "instantinho" que nos colocamos lá em cima! O novo motorista destacado é exímio na condução! Não existem perdas de tempo pelo caminho! Ele sabe que nós estamos ali para andar a pé! Não para andar de carro! Para isso temos toda a santa semana!


Chegados à Portela, depois de ver as vistas houve tempo para a tradicional foto de conjunto! Escusado será dizer que o "mouro do costume" lá ficou enfeitado de máquinas fotográficas até aos joelhos! Era um nunca mais acabar de "clicks"! Todos queriam a sua "recordação"! E todos bem sabem da dificuldade de conseguir reunir todos os caminheiros para uma foto de "família"!
Sendo assim começamos a caminhar pelas 9h20m no caminho florestal que começa logo por detrás do restaurante da Portela!
Seguimos então em frente, cerca de 1,5km até encontrarmos a placa informativa sobre o início do trilho das Funduras. Não era por lá que íamos hoje e em frente continuamos. Passamos pela zona de piqueniques e seguimos em frente até encontrarmos uma pequena clareira junto a uma curva à direita nesse mesmo caminho florestal. O caminho a seguir era o da esquerda!



Uma hora e dez minutos é o suficiente para descer a fantástica vereda do Pico Cedro! Com tempo para as devidas poses para a fotografia! As vistas sobre o Porto da Cruz e Penha de Águia, são soberbas! Atrevo-me mesmo a dizer que,  sobre o Porto da Cruz não existem outras tão belas como estas!

Depois de atingirmos o pequeno poço no fim da vereda, flectimos à direita já no sítio do Larano.
Seguimos assim por uma pequena levada por entre alguns terrenos cultivados até encontrarmos um pequeno ribeiro.
Transposto o mesmo foi tempo de uma pequena paragem para assim retomar as forças necessárias para conquistar o desnível que nos leva ao Caminho da Chã. Houve até quem precisasse de "corda" imagine-se a dificuldade!
Depois de atingirmos o Teleférico do Larano foi curioso verificar que a intensificação da procura de terrenos para a exploração agricola leva os nossos conterraneos a desbravar terrenos em zonas consideradas "impossíveis". Estranha-se no entanto a situação do referido teleférico que continua parado desde a sua inauguração.


Os terrenos lá em baixo no Curral do Mar continuam ao abandono. Mas não é o que acontece mais adiante.


Foi isso que foi-nos dado a apreciar um pouco depois de passarmos pelo referido teléferico no sítio do Cabo Larano. Um "fio" contruido á boa maneira antiga, demonstra que existe interesse em voltar a cultivar aqueles terrenos. Lá no fundo vêm-se homens na difícil tarefa de conquista de terrenos escarpa abaixo.


Depois, foi continuar pela soberba Vereda da Amarela em direcção à Boca do Risco. Aqui meus amigos tomamos a real consciencia da grandiosidade e da beleza da nossa costa norte. Cada curva é de cortar a respiração! O mar lá em baixo continua incessantemente a bater nos rochedos literalmente aos "nossos pés"! Em muitos dos sítios a mais de 350 metros abaixo de nós!
Nos cerca de uma hora e quinze minutos que levamos a atravessar a Vereda, não nos apercebemos literalmente do tempo que levamos a atravessá-la. Os pormenores que nos fazem prender largos momentos a todo o instante durante a caminhada são inumeros!
Pena que esta fantástica vereda não faça parte dos percursos recomendados pelas autoridades competentes.


A meu ver, com muito pouco investimento tornar-se-ia esta vereda muito mais segura com uma frequencia muito maior tanto por parte de quem nos visita como pelos proprios residentes. Penso que, mesmo assim, exceptuando os dias de chuva e muito vento, seja aconselhável a qualquer pessoa, que não sofra de vertigens, claro está!


Chegados à boca do Risco, eu e o J. resolvemos não fazer o resto da caminhada com nossos companheiros de percurso.
Sendo assim deixaríamos a subida ao Pico Castanho (589m) para outro dia, até porque o haviamos feito há bem pouco tempo. Aproveitamos para fazer as despedidas da maioria dos camaradas e lá seguimos a vereda que nos trás ao Sitio do Pastel. Deve-se o nome deste sítio a uma planta herbácia que era utilizada na tinturaria.


Cerca de um quilometro e meio a descer atingimos a levada e logo depois seguindo sempre a direito atingimos a estrada de alcatrão que nos trás até à cidade de Machico.
Depois de tomarmos um café na referida cidade, viemos então até ao Funchal numa boleia providenciada pelo J.


Soube bem chegar ao Funchal com o sol ainda a brilhar ao contrário do que acontecia em Machico!
Assim terminou mais uma caminhada! Por uma das veredas mais bonitas da Costa Norte da Ilha.
Ficamos nós por aqui. Até uma proxima caminhada na minha terra!



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Estrela da Calheta - Levada da Calheta - Raposeira do Lugarinho - Paul do Mar - 22-01-2012

Amigos e companheiros, hoje chegou o dia de acompanhar os Amigos da Natureza pela primeira vez este ano! E que belo dia escolhido para fazê-lo! Um dia fantástico! A começar mesmo pelos primeiros raios de sol pela manhã!
A Avenida do Mar estava a fervilhar de gente! Foi assim necessário recorrer ao autocarro de "recurso" para transportar todos os cento e vinte caminheiros que responderam á chamada!
Toda a gente estava alegre e contente. Para muitos a primeira caminhada do ano!
Tratadas as formalidades de "encaixar" toda a gente nos dois autocarros foi tempo de partir em direcção à Ribeira Brava.
O dia e o sol nasciam a par...lindos!
Depois de toda a gente tomar o sempre revitalizador café na Ribeira Brava, lá seguimos pelas nove e quinze, em direcção ao sítio da Estrela - Calheta.
Mochilas às costas, lá começamos a subir o caminho do Lombo da Estrela em busca da vereda que nos levaria à Levada da Central da Calheta inaugurada em 5 de Julho de 1953 com grande pompa e circunstância na Calheta!
Começamos assim com uma subida para aquecer até atingir a refererida levada. Diga - se de passagem que a mesma não é muito agreste e uma hora é suficiente para atingir o canal.
Faz-se então aqui a primeira paragem para uma água refrescante e uma fruta. Eu e o J. preferimos continuar caminho. A Levada (longa) iría nos proporcionar outros sítios para uma paragem um bocadito menos "atribulada". Seguimos então ao longo da longa e penosa levada durante mais duas horas ate atingir os Prazeres!

Foi aí que paramos para reagrupar e esperar pelos restantes companheiros junto á casa Florestal dos Prazeres.
Chegados, alegres e cansados, alguém em boa hora se lembrou de visitar a Quinta Pedagógica dos Prazeres. Por incrível que isto possa parecer, havia muito boa gente entre os novel caminheiros, que ainda não conheciam a referida Quinta e o seu projecto. Mas lá se fizeram as honras da casa e até houve tempo para provar a cidra, feita com peros da freguesia!
Depois de visitarmos a Quinta, voltamos assim à esplanada da Levada para a seguir até à Raposeira do Lugarinho.
Aí, antes de descermos a Vereda da Atalaia de encontro ao Paul do Mar, fomos fazer uma visita ao fantástico miradouro sobre o Paul, que se encontra neste sítio! Um lugar deveras apaixonante!

Depois de estarmos largos momentos a apreciar as lindíssimas vistas sobre o Paul do Mar, comemos algo e voltamos assim atrás para trilhar o Caminho do Aviceiro que nos levaria depois à Vereda da Atalaia de encontro ao Paul do Mar. Não sem antes visitarmos uma casa de um amigo de um dos nossos camaradas caminheiros que após alguma insistencia lá nos convenceu a interromper, por breves momentos, a caminhada para uma amena mas curta cavaqueira.
Fez-se então as honras da casa e voltamos à descida final ao Paul do Mar! Trinta e cinco minutos é o tempo que levamos a descer a referida vereda.
Pelo caminho ainda tempo para notar as queimadas que por ali se têm feito para reconquistar terrenos que já foram completamente dedicados á agricultura. Os tempos de facto são outros e isso nota-se no regresso das pessoas aos campos!

Chegados ao Paul em "cima da hora" pelas "distracções " anteriores, vimo-nos na obrigação de seguir caminho em direcção ao autocarro logo de seguida!
Tivemos ainda tempo para cantar os parabéns a um amigo que amavelmente nos convidou à sua casa (emprestada - afinal sempre eram cento e vinte almas) para um bom petisco que fez as delícias da maioria dos caminheiros!
Posto isto voltamos então definitivamente aos autocarros em direcção ao Funchal!
Foi um passeio bonito. Pela companhia, pela amizade e pelas vistas. O tempo, apesar de tristonho, ao contrario do que parecia fazer crer à partida do Funchal, aguentou-se.
Foi assim mais uma caminhada pela minha terra.
Encontramo-nos na proxima! Por aí! Num qualquer canto ou lugar desta terra abençoada!