terça-feira, 10 de setembro de 2013

Levada do Seixal

Amigos, algo diferente e belo. Deixo-vos com uma passagem (a mais bonita e perigosa) da Levada do Seixal.
 

Escusado será dizer que a musica de fundo é única! O som da água com toda a sua pujança!
Aproveitem este momento delicioso!
(atenção: aconselhado unicamente a gente com experiência de caminhadas e sem vertigens)

domingo, 1 de setembro de 2013

Boca da Corrida - Relvinhas - Ameixieira - Serra de Água - 29-03-2013

Aproveitando a visita de um amigo de terras de sua magestade, aproveitei para fazer um passeio diferente. Ou pelo menos parte dele.
Já há muito tempo eu e o J. falávamos em descer das Relvinhas - caminho real da Encumeada - para a Ameixieira - na Serra de Água. Este seria o dia escolhido.
Comecaríamos então o passeio no sitio da Boca da Corrida, mais propriamente junto ao magnífico miradouro sobre o Curral e o Pico Grande.
Foi para lá que nos dirigimos cedo de manhã. Ou seja,  o mais cedo que pudemos, dado os fracos hábitos de cedo erguer de "outras bandas".
Sendo assim, eram oito horas e cinquenta e dois minutos quando iniciamos o velho caminho Real da Encumeada. Eu, o J. e mais três amigos.
Começa-se a subir. Ligeiramente. Longe vão os tempos em que o início deste trilho era acompanhado de uns pinheiros que ladeavam o início desta verêda / caminho Real. Hoje, depois dos incêndios de 2010, é tudo diferente. Para pior. A natureza tenta aos poucos recuperar, mas ainda são muito ténues este indícios. A Primavera no entanto dá uma ajuda. Nos mais impensáveis cantos. Tudo nesta altura floresce!
Logo depois de subirmos os primeiros degraus, sensívelmente dez minutos depois, têm-se as primeiras vistas sobre o Curral. Em frente temos o Pico Grande. Majestoso.




A conversa continua bem disposta entre os amigos. O dia está bom. As vistas compensam. O caminho nem se sente. Aliás, cada curva é motivo de novas panorâmicas. As vistas, diga-se:  são soberbas. Ora sobre o Curral...ora sobre a Encumeada, ora novamente sobre o Curral...





Uma hora, sensivelmente, trás-nos à Boca do Cerro ou Relvinhas. É preciso muita atenção neste ponto dado que a sinalização é inexistente a maioria das vezes. Se tiver sorte encontrará escrita nalguma pedra a indicação para o Curral das Freiras. Se não tiver, é ter a máxima atenção numa entrada à direita por meio da carqueja verdejante. Uns metros acima deverá derivar à esquerda. Estará então na Boca do Cerro ou Relvinhas.

Lá impõe-se uma paragem. Para uma ida ao farnel. E não só. As vistas deste local sobre a cordilheira central, mas principalmente sobre o Curral das Freiras, aos nossos pés, literalmente, são de cortar a respiração. O dia esplêndido, conjuntamente com a boa disposição reinante, completam o quadro.
Vinte e cinco minutos são o tempo que gastamos a usufruir desta envolvência. O que é muito tempo, diga-se de passagem. Mas hoje o passeio é assim, descontraído...


Posto isto há que voltar ligeiramente atrás, de encontro ao caminho Real da Encumeada, virando agora à direita.
Primeiro em plano, depois a descer.
Trinta e cinco minutos de descida nesta vereda e antes de uma curva apertada à direita sobre uma crista de rocha, é tempo de virar à esquerda.
A vereda que segundo o J. nos devia levar à estrada de terra que nos conduziria à Ameixieira deveria estar por ali. Digo deveria, porque a principio não foi facil encontrá-la. Com algum cuidado lá descobrimos restos de uns ferros que suportaram o que em tempos foram uns degraus de madeira!
Foi uma alegria!
Lá seguimos vereda abaixo. Até que a verêda simplesmente desaparece. Uma derrocada desfigurou aquela zona por completo. Lá tivemos de passar sobre a derrocada e descobrir a continuação da verêda. Que desilusão. A verêda está coberta de silvado e cheia mato. É preciso andar com muito cuidado para não lhe perder o rasto.

Uns metros abaixo a vereda vai de encontro a um corgo, que deve ter alargado o seu curso em muito no temporal de 20 de Fevereiro de 2010. É preciso ultrapassar o corgo. Na margem direita vislumbra-se os degraus que outrora foram a única forma de contornar o corgo. O problema é chegar lá. Nesta altura os corgos ainda trazem muita água e há que ter muito cuidado para transpor estes pequenos canais de água.
Depois de reunidos os participantes na caminhada de hoje, lá transpomos com muito cuidado este corgo. Do outro lado, a vereda continua em bom estado. Apesar de há muito tempo ninguém lá passar.
Terminada a subida da margem direita do corgo, vimos assim atingir um pequeno largo que em tempos deve ter servido de zona de inversão de marcha das máquinas, nas obras de construção desta estrada de terra que nos iria levar á Ameixieira.


Quinze minutos de descida nesta estrada de terra encontramos uma ponte de cimento e um pinheiro à direita. As primeiras vistas sobre a Serra de Água. Uns palheiros renovados mostram que esta zona volta a ser importante na agricultura.


Meia hora depois as primeiras vistas sobre a zona divisória das águas. Que vêm da Central da Serra de Água através da Levada do Norte. E do túnel que leva as águas para a zona do Covão em Câmara de Lobos para ser enviada e turbinada para a Central dos Socorridos. Mais meia hora atingimos esta mesma zona.


Logo depois, continuam visíveis os estragos provocados pelos temporais de 2010. Uma casa enorme completamente em ruínas continua ali para avivar a memória dos que eventualmente tenham esquecido esta terrível intempérie.



Vinte e cinco minutos depois estamos na ponte que nos liga à Serra de Água.
Um passeio curto e belo de cinco horas e quinze minutos, sensivelmente. 
Aqui fica a sua descrição. Á minha maneira. Espero que gostem!
Um abraço, até á próxima!