Domingo, 13 de Setembro de 2009
Contra a lógica deste domingo, muito especialmente deste dia, tinha planeado um passeio curto. Um convite a um amigo destas andanças para me acompanhar foi recusado por impossibilidade deste. Eu, quando tenho as coisas planeadas, nada me faz demover dos meus intentos.
Havia um compromisso familiar que teria de cumprir da parte da tarde. Mas até aí teria “muito tempo” para calcorrear mais uma levada/vereda desta terra.
Contra a lógica deste domingo, muito especialmente deste dia, tinha planeado um passeio curto. Um convite a um amigo destas andanças para me acompanhar foi recusado por impossibilidade deste. Eu, quando tenho as coisas planeadas, nada me faz demover dos meus intentos.
Havia um compromisso familiar que teria de cumprir da parte da tarde. Mas até aí teria “muito tempo” para calcorrear mais uma levada/vereda desta terra.
Sendo assim e porque ia só, cedo levantei e pus-me a caminho. A caminho de São Jorge no norte da Ilha da Madeira. O dia estava esplêndido. A minha energia ao máximo!
Chegado a São Jorge, parei para o primeiro café da manhã no conhecido Bar/ Adega Jardim. Fui assim o seu primeiro cliente do dia. O café estava bom! Pus-me assim a caminho até á Estação de Tratamento de Águas, logo abaixo do Posto Florestal do Cascalho para aí iniciar o meu percurso solitário.
Faltavam cinco minutos para as nove da manhã quando me pus a caminho.
Dez minutos depois de começarmos a percorrer a levada, penetrarmos noutro mundo. Um mundo encantado. O chilrear dos pássaros, só com o som da água a correr alegre e apressada na levada, deixa qualquer em êxtase!
Dois quilómetros á frente, encontramos, junto ao Ribeiro de Sebastião Vaz, o caminho de terra que vem desde o Posto Florestal do Cascalho. Seguimos em frente. Com a levada por nossa companhia. Contra a sua corrente.
De vez em quando, quando a vegetação nos deixa avistar uma nesga de paisagem, esta mostra-se magnífica! Imponente! De cortar a respiração!
Os fetos que nos adornam o caminho, junto com os musgos que servem de tapete no chão, fazem-nos pensar por breves momentos que estamos integrados num cenário irreal. Somente imaginado por alguém, numa busca incessante de perfeição. Sem palavras.
Momentos perfeitos para a divagar sobre a vida. Consegue-se de facto em locais como este ter uma dimensão perfeita dos nossos problemas. Relativamente ao ambiente que nos envolve tudo o resto parece ser tão pequeno…
Dez minutos depois, atravessamos um pequeno túnel numa curva. Não é preciso lanterna.
O caminho pela levada continua. Lindo! Com a rocha a querer proteger os caminheiros que marcham pela esplanada da levada! O sol, esse continua a querer fazer-me companhia. E que companhia! Era como se a mãe Natureza não quisesse me deixar só na minha caminhada. Então, aqui e ali, ia me mostrando através dum raio de sol, aquilo que eu deveria ver! Nada poderia passar ao acaso!
A sombra das frondosas árvores faziam-me penetrar momentaneamente numa escuridão repentina. A natureza no seu esplendor! Era só respirar fundo e seguir! Havia mais para ver neste Vale Encantado!
A zona é lindíssima. Logo a seguir á queda de água, uma árvore na margem direita da Levada mostra-nos, pela textura das suas raízes, os anos que por ali anda a ver a água passar…
Os musgos que cobrem as pedras no leito do ribeiro, dão ao cenário um toque mágico! Os fetos, como que cuidadosamente colocados nas paredes laterais do ribeiro, dão ao local um ar que a Natureza, ali esmerou-se! Ali tudo foi colocado no devido lugar! Perfeito!
Demorei-me muito tempo por ali. Subi ainda o ribeiro, pedra em pedra…á procura de mais. Estava só. Um escorregamento seria perigoso. Não havia ninguém. O telemóvel ali não tinha rede. Isso mesmo tinha testado, momentos antes, quando tentava transmitir a um amigo, toda aquela beleza, antes de ali chegar.
Demorei-me mais um pouco. Não queria sair dali. Não tinha coragem de abandonar aquele lugar.
Cheguei ao meu ponto de partida eram doze horas e trinta minutos.
Enfim meus amigos, foi um passeio curto. De acordo com o tempo disponível. Lindo!
Um passeio “altamente higiénico” como diria o J.
Nós, continuaremos a nos ver. Num qualquer sítio lindo desta terra.
Abraço e até á próxima caminhada
um impermiavel na mochila durante o verão??nunca me passaria pela cabeça tal coisa...já está voce noutro nivel? ou é simplesmente um sinal de velhice?nop..sinal de experiencia concerteza.
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