segunda-feira, 11 de maio de 2009

Paul da Serra - Cruzinhas - Chão da Ribeira (26-04-2009)

Domingo.
Desta feita, pela primeira vez iria juntar-me a um grupo de caminheiros chamado Amigos da Natureza. Descobri-o através de uns amigos. Diziam-me que era um grupo muito “entretido” e muito numeroso. Tive a honra e a oportunidade de verificar tudo isso.
A saída desta feita iria ser feita junto á antiga Avenida do Mar. Em frente ao antigo edifício da Empresa de Electricidade da Madeira.
Quando lá cheguei, pelas sete e vinte, já alguns elementos aguardavam pacientemente a chegada do autocarro que nos iria levar ao início do percurso. E afinal não seria só um autocarro! Dada a afluência de última hora a caminhada deste dia houve que providenciar uma segunda viatura afim satisfazer toda a gente. Como dizia um amigo meu, “normalmente” ninguém fica em terra. Assim foi.
Depois de toda a gente instalada nos seus lugares houve que “aliviar” o peso do primeiro autocarro que já estava, digamos “ á cunha”. Coube-me a mim e ao meu irmão, entre outros, irmos na “segunda leva” ou seja no segundo autocarro. Boa opção esta porque o segundo autocarro era mesmo no dizer de uns, um autentico “avião”. Mas o “avião” tinha de respeitar a marcha lenta do chefe “Scania” que ia á frente. E tal como nos caminheiros, nos autocarros, a idade, nunca é sinónimo de velocidade embora como se costuma dizer “chega sempre onde tem de ir”.
Voltando um pouco atrás. Como o primeiro autocarro partiu mais cedo em direcção á Ribeira Brava para o primeiro café da manhã, havia que ir ao encontro destes. E assim foi. Lá chegados, já os caminheiros do primeiro autocarro enchiam os cafés da simpática localidade. Foi assim desta feita a nossa vez. E tínhamos que ser rápidos. Tínhamos partido do Funchal com 15 minutos de atraso. Tempo ainda para uma amena cavaqueira com alguns amigos e conhecidos.
Tomado o café da manhã, foi hora de nos colocarmos de novo á estrada, e agora sim resignados” á ditadura da lentidão do autocarro da frente” .O sofrimento foi maior assim que começamos a subir a estrada da rumo á Encumeada! Por momentos lembrei-me de quando era pequeno. Pela lentidão da marcha, lembrei-me de quando subíamos a referida Encumeada num velhinho Volkswagem Carocha 1100 do meu tio, que no antigo empedrado não conseguia passar a velocidade de vinte quilómetros hora. Ou seja como dizia meu tio, era engrenar a primeira velocidade na Serra de Agua e acabar no cimo ao mesmo ritmo! Que proeza para altura, porque pelo caminho encontrávamos os não menos famosos Peugeot 403 e os Opel kadett(carros ditos “mais avançados para a época) a ferver pelo radiador de capon aberto e toda a família cá fora a olhar para o fenómeno!
Posto este interregno saudosista, cabe-me dizer que atingida a Encumeada continuamos a subir para o Paul da Serra. Lombo do Mouro, Bica da Cana, Estanquinhos e finalmente o início da estrada do Fanal , onde iríamos começar a nossa caminhada. O dia estava carregado. Com nevoeiro e alguns pingos á mistura que, digamos, não assustou ninguém.
Vestidos os impermeáveis mais por conta do frio que por conta da chuva, pusemo-nos a caminho. Primeiro pela estrada de alcatrão, depois flectindo para a direita ao encontro da Vereda do Fanal que nos iria guiar pela “beira” do planalto do lado da Vale da Ribeira da Janela. O nevoeiro continuava. Não era intenso, mas o suficiente para “roubar” as vistas aos caminheiros que, como eu, ansiosos, aguardavam um aberta milagrosa para confirmar o que de bonito se falava daquelas paragens. Pena. Há-de ficar para um próxima com toda a certeza
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Findo este troço de vereda cruzamos novamente a Estrada do Fanal. Aproveitamos para dar o primeiro assalto ao farnel. Feito o descanso e o reagrupamento, tomamos a Vereda das Voltas ao encontro do Chão da Ribeira no Seixal.
Uma vereda algo íngreme por debaixo duma floresta típica da Laurissilva. Muito húmida propícia á algumas quedas, mesmo ao mais experientes.
A descida fez-se muito lentamente. Ao ritmo dos caminheiros da frente digamos. O nevoeiro a principio ainda a perseguir-nos, mas logo depois a deixar observar algumas nesgas de paisagem sobre o vale do Chão da Ribeira.





Viemos sair junto á entrada do novo e bonito Restaurante “Laurissilva”. Lá tivemos de provar o “remédio” do Sr. Correia que, muito bem soube às gargantas sedentas.
Junto ao autocarro, nas imediações do Restaurante Justiniano, já estavam uns companheiros. Os que tinham seguido na frente, e uns “dissidentes” que muito bem resolveram prolongar a caminhada descendo pela Vereda da Cavaca.
Após mais uns momentos de confraternização no Restaurante atrás referido, seguimos para S. Vicente, fazendo assim a última paragem antes de definitivamente rumarmos ao Funchal. Momentos de muito boa disposição tanto em S. Vicente, como dentro do autocarro. Esta malta é mesmo animada!
Um passeio diferente, com um grupo diferente. Num grupo que como me diz o meu amigo J. é uma perfeita “desorganização organizada”! Faço minhas as suas palavras! Gostei imenso!
Um grupo a repetir sem dúvida!
Fazendo eco das palavras dos chefes do grupo, nunca é demais lembrar que para ajudar na logística, seria sempre bom as pessoas confirmarem a sua presença nas caminhadas com alguma antecedência (até quinta-feira anterior á caminhada) afim evitarem situações como a que acabamos por passar.
Resta-me agradecer a algumas pessoas (elas sabem quem são) a ajuda dispensada na integração no espírito dos Amigos da Natureza.
Um abraço e até á próxima caminhada, num qualquer caminho, num qualquer lugar desta bendita terra!

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