domingo, 17 de maio de 2009

Vereda do Pináculo – Ginjas (02-05-2009)


Sábado. Dia cinzento. Aceitando a sugestão de um amigo, resolvi neste dia fazer a caminhada que tinha planeado para ontem.
O destino seria a Vereda do Pináculo – Monte Medonho. Tenho de facto de agradecer a quem me aconselhou este percurso. Obrigado M.
O dia começou cedo como convém quando nos aprontamos para uma caminhada. Dirigi-me á Encumeada. Tomei o meu primeiro café da manhã. O nevoeiro, estava visto, iria fazer-me companhia. Depois do café, dirigi-me ao Lombo do Mouro, um pouco depois do terceiro túnel na estrada que sobe da Encumeada para o planalto do Paul da Serra. Ameaçava chover. Caíam inclusive alguns pingos ameaçadores. Nada que me fizesse demover do meu objectivo. Havia que encontrar a Levada da Serra que me iria acompanhar em boa parte do percurso. Foi fácil. Estacionei o carro no desvio posterior na estrada onde se encontra a placa de informação para este percurso. O percurso começa algo atribulado, com alguma chuva e muito nevoeiro
.










O impermeável resolve este pequeno problema nesta fase inicial. E de qualquer forma ele iria ser necessário. Uma queda de água mesmo para cima do percurso na fase inicial acabaria por encharcar qualquer que fosse a roupa seca. A primeira fase faz-se a em plano. Depois a subir. Ora acompanha a levada, ora desvia-se até deixarmos de a ver. Vistas soberbas, devo mesmo as ter perdido. O nevoeiro definitivamente não me largava. Ficava a magia do que estaria por detrás deste nevoeiro. Que paisagens? Pelos vistos um percurso que terei de fazer novamente. A chegada ao Pináculo é algo magica. O Pináculo, envolvido por uma bruma que o transformava quase fantasmagórico, dava ao local um aspecto deveras surreal. Mas eis que a solidão do local foi prontamente quebrada por um casal de franceses. Estavam hospedados na Encumeada. Tinham feito no dia anterior Pico Ruivo - Encumeada e estavam hoje ali. Fantástico. Continuamos caminho. Deixei-os avançar. Queria sentir aquela bruma, aqueles sons, sozinho. Assim foi. Ainda pensei subir até á Bica da Cana. Mas o nevoeiro continuava intransigente. Não deixava simplesmente ver nada. Só o trilho, e pouco mais.
Cheguei á estrada florestal Estanquinhos-Ginjas, em pouco tempo. Encontrei-me novamente com os franceses. Tempo para o “exercitar” o meu francês mais um pouco. Um conversa ligeira. Tempo para eu aproveitar e elogiar a minha terra “bendita” junto daqueles que vinham da terra mãe da democracia. Notaram logo que era madeirense. Indisfarçável!






O nevoeiro contra-atacava novamente. Era tempo de encontrar a Levada Velha do Caramujo. Desisti. Não havia condições. Resolvi descer até á Levada do Norte pelo caminho florestal. Uma brecha no nevoeiro ainda me animou. Mas logo de seguida tudo voltou á situação inicial. Voltei atrás. Deixei este percurso para outro dia. Resolvi então descer até ás Ginjas pela estrada florestal. A paisagem só é compensadora pelas vistas sobre o vale de São Vicente. De resto são cerca de seis quilómetros de descida algo maçadora até junto da estrada regional junto ao Centro de Saúde de São Vicente. Enfim, uma mudança de percurso á ultima da hora por causa do tempo. Não faz mal, hei-de lá voltar. Com bom tempo por companhia.
Tempo ainda de arranjar boleia até ao local de inicio da caminhada. Uma chamada de telemóvel (afinal servem mesmo para alguma coisa!) á minha irmã e ela veio logo a correr em auxílio do mano mais velho!
O tempo no Lombo do Mouro tinha piorado substancialmente! Agora o nevoeiro era cerrado e a chuva insistente!
Não havia mesmo mais nada que pudesse fazer!
Tempo ainda para um “café” retemperador em família! (a minha mãe acabou por se juntar á maninha na recolha do menino mais velho e mais destrambelhado!)
Até a uma próxima caminhada da minha terra! Num qualquer caminho, num qualquer lugar desta terra!

1 comentário:

  1. fazer uma levada sozinho com um tempo assutador é uma cena bastante marada...tenha cuidado nao vá aparecer soldados da 2ªgerra mundial estilo murakami

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